Soltei a minha pele ao vento e preguei-me na cruz do perdão, atirei-me no abismo do tempo e afundei-me na essência do vazio para me encontrar em ti.
Arranquei o meu coração e depositei num altar que te fiz e orei pela tua presença, em vão…
O coração secou… o seu bater parou… o altar ficou… E eu naveguei só no limbo.
Atirei os meus restos mortais no iceberg da realidade e deixei-me elevar na inconsciência, acreditando que era levado para ti…
…de mãos dadas com os raios de luar, pelo limbo
A minha pele voa com o vento
O meu coração está num altar perdido por aí
E o resto vagueia pela realidade gelada da existência
Sem ti.