Arrastei-me pela podridão do sentimento onde não te encontro.
Arrastei-me até à sombra da minha existência e deixei-me lá ficar, quieto, encolhido, sem ti, sem mim, sem nada. Eu e o vazio. No tudo que é nada. Onde até o negro das sombras é vazio. Antes sentia que elas me acolhiam, me abraçavam e me acariciavam, mas agora sinto que até as sombras se foram, calmamente, sem me avisar, sem se despedir, sem dizer que partiam ou porque o faziam.
Ficou o vácuo e eu.
Dois nada.
Estranho referir dois. Eu e o vácuo somos um só, somos nada, somos antimatéria.
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