Agarrado a uma brisa agreste flutuo pelas memórias do teu
ser. Deixo-me guiar pela suave atmosfera aromática que percorre o espaço entre
os nossos imaculados corpos nus, armados de desejo mas livres de pecado ou dor…
Livres para amar na mais perfeita forma de ser… Livres para amar em perfeita
união existencial.
Sinto o teu respirar agitar as ondas que me transportam e
sinto o bater do teu coração ritmar o balançar do meu corpo contra o teu.
Deixo-me ir pelo sonho de sentir o sal da tua pele salgar a
minha boca carnuda efervescente de sentimentos e pela vontade de deslizar a
minha língua húmida e sedosa pelos contornos do teu corpo envolto em luar.
E acordo com o bater de uma porta no fundo das escadas, para
perceber que tudo isto não passa de uma ilusão, tento voltar para o mundo do
sonho, mas a fria realidade cortante não me deixa voltar a envolver-me no calor
do teu regaço.
A raiva de não te ter electrifica o meu corpo cansado pelo
correr do tempo estático e pela inércia das existências actuais.
1 comment:
Essa ilusão deixa-lo-á de ser!
Acredita.
Abraço-te
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