Tuesday, November 13, 2007

Junto ao rio enquanto esperava pela brisa de TI

Sento-me a sombra do momento e deixo que a brisa fresca da solidão acalme o meu espírito cansado. Cansado de vaguear por esta realidade sem sentido em que se mergulha no labirinto existencial do nada e somos varridos pelo tempo e as suas sucessões casuais de factos aparentemente ilógicos e sem razão para nós comuns mortais. Labirinto sufocante de paredes amorfas de areia movediça, que parece querer nos sugar e dominar. Labirinto que não me deixa parar e olhar em volta para te procurar.
Deixo os sentidos cansados caírem sobre o chão incerto, pisado por todos, e fecho os olhos ao dia que amanheceu sem ti.
Caiem as folhas secas a meus pés, lembrando-me da passagem do tempo e mostrando a realidade que recuso ver em meu rosto, pois não quero perder a forma e encanto, para quando regressares me reconheceres… mas o tempo faz questão de me lembrar que existe e que por aqui também passa. Só não te trás com ele.


Alguns raios de sol que me queimam a pele lembram o teu toque, quente e doce, que nunca senti e lembram-me dos sonhos de Verão que não vivi.
Penso que choro, mas já não sinto nenhuma secreção correr em meu rosto. Acho que desaprendi a chorar.

6 comments:

firmina12 said...

tenho aq impressão que te encontrei hoje "de raspão"

João Henriques said...

olá. obrigado por teres passado pelo Crime e não teres ficado calado. Denuncia(-te) sempre!
um abraço
P.S. Vou passar aqui mais vezes!

Blog logo existo said...

Andei a passear pelas tuas fotos. Fiquei siderado com aquela do gato a posar para os paparazzi. Tenho a impressão que é uma montagem mas se assim fôr ainda mais mérito tem a imagem porque o resultado final ficou excelente. Parabéns!

Anonymous said...

aiiiiiiiiiii

nostalgias incontinentes.....

firmina12 said...

é tão bonito chorar e rir e mexer com as emoções

mar said...

como se eu não soubesse chorar devagarinho, como se não soubesse ser.
desprender-me das emoções como quem desaperta a camisa. devagarinho tremer por nada ser dito ou feito, ou sequer inventado. nada. e querer chorar, desejar chorar e nada. ficar só, só com ma vontade de chorar maior que eu e saber que ela não se realiza e afogar-me nas lágrimas que não choro e morrer. morrer devagarinho, morrer como quem chora.


obrigada pela inspiração.
um beijo
mar.